A TV, o cinema, o vídeo, cd, DVD, desempenham indiretamente um papel educacional relevante. A informação e a forma de ver o mundo provêm da TV, ela fala da vida de forma importante e sedutora. A escola em geral é mais cansativa, distante e intelectualizada ás vezes de forma desorganizada e monótonas. O ritmo alucinante das transmissões ao vivo, a linguagem concreta plástica, visível, mexem com o emocional - passam com incrível facilidade do real para o imaginário. São interlocutores constantes e reconhecidos da maioria da população, especialmente da infantil. A maior parte do referencial do mundo das crianças e jovens provém da televisão. Eles se acostumaram a se expressar de forma polivalente, utilizando a dramatização, o jogo, a paráfrase, o concreto, a imagem em movimento.
A escola ignora a TV, o vídeo, exige somente o desenvolvimento da escrita e do raciocínio lógico. No entanto, é fundamental que a criança aprenda a equilibrar o concreto e o abstrato.
Não se trata de se opor aos meios de comunicação, às técnicas convencionais de educação, mas de integrá-los, aproximá-los para que a educação seja um processo completo rico e estimulante.
No nível organizacional: uma escola participativa, menos centralizadora, menos autoritária, mais adaptada a cada indivíduo.
No nível do conteúdo: Uma escola que fale mais da vida, dos problemas que afligem os jovens.
No nível comunicacional: conhecer e incorporar as linguagens e técnicas utilizadas pelo homem contemporâneo usando a tecnologia.
É básico ajudar o educando, a desenvolver sua(s) inteligência(s), a conhecer melhor o mundo que o rodeia. “Aprender a aprender”, saber comparar, sintetizar, descrever, se expressar. Ajudar o educando a encontrar um eixo fundamental para sua vida. Veja um simples CD-ROM contém toda Enciclopédia Britânica, também pode ser online, pela internet. O aluno nem precisa ir à escola para buscar as informações. Mas para relacioná-las, interpretá-las, hierarquizá-las, contextualizá-las, só as tecnologias não serão suficientes. O professor o ajudará, a questionar, a procurar novos ângulos, a relativizar dados, a tirar conclusões. Portanto, tecnologias são pontos que abrem a sala de aula para o mundo que representam, e medeiam, o nosso conhecimento do mundo. A educação é um processo de consciência crítica. Começa com a problematização dos dados que nos chegam direta ou indiretamente, através dos meios recontextualizando-os numa perspectiva de conjunto, totalizante, coerente, um novo texto, uma nova síntese criadora.
Falamos assim de uma educação para a comunicação.
A escola precisa exercitar as novas linguagens que sensibilizam e motivam os alunos. A motivação dos alunos aumenta significativamente quando realizam pesquisas, onde possam expressar em formato e códigos mais próximos da sua sensibilidade.
Bibliografia
José Manoel Moram
Texto Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª Ed. São Paulo: Paulinas, 2007, p. 162-166.
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http://www.eca.usp.br/prof/moran/midias_educ.htm